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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Desigualdades Sociais


Introdução
O que seria desigualdade social?
A desigualdade social se resume, em muitos com pouco e poucos com muito; ela acontece quando a distribuição é feita de maneira inadequada, portanto, injusta, sendo que enquanto a maior parte do dinheiro fica com a minoria, a maioria sofre com a divisão salarial. A desigualdade presente no Brasil é uma das maiores do mundo, todo dia vemos ou ouvimos falar em: violência, moradores de rua, preconceito, prostituição infantil, entre outros.
O capitalismo é um dos principais causadores da desigualdade no mundo, apesar de que ela vem impregnando a história desde o feudalismo, com isso notamos que a desigualdade é um fato muito antigo, e sempre sem solução.


Ponto de vista de desigualdade no Brasil todo
No Brasil, existem vários tipos de desigualdades sociais, no entanto, as desigualdades não se limitam apenas a fatores como cor, posição social e raça, ainda convivemos com as desigualdades regionais, essas desigualdades referem-se às desigualdades entre as regiões, entre estados e entre cidades. Podemos tomar como exemplo, levando em conta o panorama da pobreza nos estados, a região nordeste (Maranhão e o Piauí), nessa região se encontra os estados que possuem maior concentração de pessoas com rendimento de até meio salário, outra disparidade marcante entre o centro-sul e o nordeste está no desenvolvimento humano. O desenvolvimento humano avalia a qualidade de vida de uma população, em nível nacional, estadual e municipal, tal avaliação requer estudos e cruzamentos de dados estatísticos, isso pode ser realizado por vários órgãos, públicos ou privados, dependendo do interesse ou abordagem, embora o órgão oficial brasileiro seja o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), o primeiro passo é coletar os dados através do censo nacional, e a partir daí pode-se estabelecer comparações entre os estados. Fazendo uma classificação, baseando no IDH das regiões brasileiras, teremos a seguinte hierarquia:
Primeiro lugar: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, e Mato Grosso do Sul,
Segundo lugar: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Roraima e Amapá,
Terceiro lugar: Acre, Pará e Sergipe
Por último estão os estados do nordeste com exceção do estado de Sergipe.
Lembrando que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) significa como a população de um determinado lugar está vivendo, segundo a qualidade de vida, renda per capita, mortalidade infantil, taxa de analfabetismo, expectativa de vida, qualidade de vida, qualidade dos serviços públicos (saúde, educação e infra-estrutura em geral).
A partir desses fatos verifica-se que dentro de um país pode haver vários tipos de desigualdades, essas podem ser decorrentes de vários fatores (históricos, econômicos, sociais etc.).
O que falta nisso tudo é o comprometimento por parte dos nossos governantes, que ao invés de reverter essa situação, continuam tirando proveito de tudo isso. Falta também igualdade na hora de dividir o dinheiro da nação.

A desigualdade social sobre os idosos

Em todo o mundo, o contingente de pessoas com idade igual ou superior
a sessenta anos tem crescido rapidamente. No final do século passado, eram
estimados 590 milhões de indivíduos nessa faixa etária, sendo projetado para 2025 o montante de um bilhão e duzentos milhões, atingindo dois bilhões em 2050.
Neste ano, pela primeira vez na história da humanidade, as pessoas idosas
superarão as crianças com idade entre zero quatorze anos,
O Brasil é um país que envelhece a passos largos. No início do século
XX, um brasileiro vivia em média 33 anos, ao passo que hoje sua expectativa de vida ao nascer constitui 68 anos. World Health Organization  ressalta também que, em nosso país, o número de idosos passou dos dois milhões, em 1950, para seis milhões em 1975 e, para 15,4 milhões, em 2002, significando um aumento de 700%. Estima-se, ainda, para 2020, que esta população alcance os 32 milhões.
Cabe destacar que, em todo o mundo, a população idosa está
envelhecendo, intensificando a heterogeneidade dentro do próprio grupo etário.
Conforme Camarano, as proporções da população “mais idosa”, ou seja, a
de oitenta anos e mais, no total da população brasileira, está aumentando em ritmo bastante acelerado, embora ainda represente um contingente pequeno. De 166 mil pessoas em 1940, o segmento “mais idoso” passou para quase 1,9 milhões em 2000.
Tal mudança demográfica se deve a vários fatores: o controle de muitas doenças infecto-contagiosas e potencialmente fatais, sobretudo a partir da descoberta dos antibióticos, dos imunobiológicos e das políticas de vacinação em massa, à diminuição das taxas de fecundidade; queda da mortalidade infantil, graças à ampliação de redes de abastecimento de água e esgoto e da cobertura da atenção básica à saúde; acelerada urbanização e mudanças nos processos produtivos, de organização do trabalho e da vida.
No contexto do envelhecimento populacional, inúmeros fatores se interrelacionam.
Entre eles, os de maior relevância são aqueles ligados à previdência
social e à saúde os quais constituem desafios para o Estado, setores produtivos e famílias. Levando em conta as implicações do envelhecimento para a sociedade, o Banco Mundial, em 1994, afirma, através de um documento, que a crescente expectativa de vida nos países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil, estava provocando a “crise da velhice”, traduzida por uma pressão nos sistemas de previdência social a ponto de pôr em risco não somente a segurança econômica dos idosos, mas também o próprio desenvolvimento desses países . Nas sociedades industrializadas, Giddens (1999) ressalta que o envelhecimento constitui
um grande problema por causa da bomba-relógio da aposentadoria.
Corroborando essa assertiva, destaca que, entre 1999 e
2050, o coeficiente entre a população ativa e inativa, isto é, o número de pessoas entre quinze e 64 anos de idade por cada pessoa de 65 anos ou mais diminuirá em menos da metade nas regiões desenvolvidas e em uma fração ainda menor nas menos desenvolvidas. Assim sendo, uma nova reforma da previdência, nas próximas décadas, será recolocada em pauta, e novos embates virão.
Cabe ressaltar que a aposentadoria, apesar de ter como proposição a garantia de direitos e de inclusão social do idoso na sociedade democrática brasileira, seus valores, do ponto de vista econômico, não permite o atendimento satisfatório das suas necessidades de sobrevivência, especialmente dos mais pobres que evidenciam um envelhecimento, no geral, patológico e com incapacidades associadas, requerendo, portanto, maior demanda de recursos tanto do seu sistema de apoio formal (Estado, sociedade civil) como do informal (família).
Isto é reconhecido por Carvalho et al. (1998, p.28) ao discorrerem que “a
aposentadoria é quase sempre um rito de exclusão. Marca oficialmente a entrada do indivíduo no mundo da velhice, com todas as dificuldades, perdas e representações sociais excludentes.”
Tal fato se agrava quando a aposentadoria do idoso (nas camadas
pobres), em resposta à crise econômica e social gerada pelo Estado mínimo
neoliberal, passa a ser a única fonte de renda da família (filhos e netos
desempregados e com baixo nível de escolaridade), exacerbando, assim, sua
dolorosa pobreza, pois, conforme aponta-se que 70% dos aposentados e
pensionistas do INSS recebem um salário-mínimo por mês.
Essa realidade é corroborada por ao salientar que num país como o nosso, com um vasto contingente de pobres de todas as idades, com uma política de saúde caótica, com benefícios previdenciários ínfimos, com uma assistência social praticamente inerte e com um forte preconceito contra os idosos,
não é difícil presumir as dificuldades que estes, principalmente os mais pobres, vivenciam.
Além disso, ante o rápido desenvolvimento tecnológico dos anos
recentes, o idoso tem vivenciado a diminuição do seu status social, especialmente de suas habilidades, conhecimento e experiências, tornando suas contribuições sociais imediatas menos relevantes. A ideologia do saber atual é gerada pelo conhecimento técnico-científico dominado pelos jovens. Nesse contexto, poucos idosos (alguns artistas, políticos, profissionais liberais) conseguem ser melhores nessa idade do que quando jovens.
Face a esse panorama, tentaremos, ao longo deste trabalho, buscar
refletir, a partir da literatura pertinente, como os idosos, bem como a sociedade civil e o governo, têm se mobilizado no sentido de construir políticas públicas e institucionalizar direitos no sentido de reduzir desigualdades sociais experimentadas por esse segmento populacional.



Desigualdade social sobre as crianças
Estudo transversal de base populacional sobre altura de crianças de 12 a 59 meses (n° 2.632) foi realizado em Porto Alegre, Brasil. Usou-se regressão linear multinível para investigar o efeito de condições sócio-econômicas,
demográficas, de saúde e dos ambientes físico e social sobre a altura, medida em escores-z do padrão de altura para idade do National Center for Health Statisrics. A área de localização do domicílio foi classificada como bem e mal provida em infra-estrutura habitacional. A altura foi, em média, -0,18 escore-z, estando positivamente associada a escolaridade e qualificação ocupacional dos pais, renda, qualidade de moradia, idade materna, intervalo interpartal e peso de nascimento, e negativamente relacionada a prematuridade, número de menores de cinco anos no domicílio e hospitalização nos dois primeiros anos de vida. O efeito da educação materna foi o dobro nas áreas mal providas em infra-estrutura habitacional. O efeito positivo da qualificação ocupacional dos pais foi evidente apenas nas áreas mal providas.
 Provavelmente, a área de residência modifica o efeito das condições sócio-econômicas sobre o crescimento. Programas habitacionais e de saneamento são potencialmente úteis para diminuir o efeito de condições sócio-econômicas desfavoráveis sobre o crescimento da criança.
Palavras-chave: Condições Sociais; Desenvolvimento Infantil; Bem-Estar da Criança
A avaliação do crescimento da criança, com base em indicadores antropométricos, auxilia a análise do estado nutricional e
de saúde individual e populacional. Relacionados ao retardo no crescimento encontram-se: menor rendimento escolar (Lei et al., 1995; Malta et al., 1998), atraso no desenvolvimento, imunocompetência
 reduzida, maior risco de doença cardiovascular e menor capacidade para o trabalho. Mulheres com baixa estatura têm maior risco de terem filhos com baixo peso ao nascimento, fator de risco para retardo no crescimento infantil.
A tendência secular do crescimento e a prevalência de menor altura nos grupos desfavorecidos sócio-economicamente sugerem que o retardo no crescimento esteja mais relacionado à desnutrição de longa duração por privação alimentar ou morbidade reincidente do que a fatores genéticos. Dentre os fatores sócio-econômicos, a escolaridade dos pais têm sido positivamente relacionada à altura da criança provavelmente pelos melhores cuidados dedicados a ela e pelas maiores oportunidades profissionais, renda e acesso a bens e serviços. Ocupação paterna manual, baixa renda familiar e moradias inadequadas têm sido associadas ao retardo no crescimento infantil. A baixa renda pode prejudicar o crescimento ao afetar a quantidade e a qualidade dos alimentos, o acesso aos serviços de saúde e a qualidade da moradia já as moradias inadequadas afetam o crescimento porque aumentam o risco de infecções respiratórias, diarréia e outras doenças. Também associados ao retardo no crescimento infantil estão outros fatores mais freqüentes em famílias de baixa condição sócio-econômica, como intervalo interpartal curto e mais de uma criança pequena no domicílio, partos múltiplos maternos, baixa idade materna, baixo peso de nascimento, prematuridade e hospitalização da criança. Os estudos revisados sugerem que as condições
 sócio-econômicas das famílias agem sobre o crescimento infantil, pelo menos em parte, porque influenciam o ambiente físico e social imediato e as condições de saúde da criança.

Desigualdade social sobre os portadores de necessidades especiais

Para identificar as dimensões de injustiça que afetam as coletividades deficientes vamos recuperar brevemente o esquema: redistribuição x reconhecimento x afirmação x transformação-. Os conflitos políticos no final do século XX são de duas naturezas:
·        lutas contra a desigualdade material, que clama por ‘remédios’ que implicam em redistribuição e reestruturação político-econômica de algum tipo e,
·        lutas contra a dominação cultural e simbólica que exige ‘remédios’ que implicam em reconhecimento do valor e dos direitos dos grupos dominados.
Fraser se ocupa da tarefa de conectar as problemáticas de redistribuição e reconhecimento, verificando o modo como estão entrelaçadas e clarificando os dilemas que surgem quando um mesmo grupo de pessoas é alvo simultaneamente, tanto de injustiça socioeconômica, quanto de injustiça cultural.
Consideramos um mérito deste trabalho, o movimento de recolocar em cena a questão das estruturas objetivas de poder, sem ignorar o aspecto cultural que as encobre. No entanto, não concebemos a questão cultural como paralela à questão socioeconômica, ou ainda, que ambas sejam extremos de um contínuo. Nossa perspectiva é que os modelos socioeconômicos conformam sistemas de pensamento e ação tanto no nível objetivo quanto subjetivo. Assim, consideramos que as análises das questões de justiça devem enfatizar as relações de produção e encobrimento das dimensões concretas e simbólicas, em vez de tentar achar um lugar de equilíbrio entre os universos cultural e econômico.
Pensamos que, assim como gênero e raça, os deficientes podem ser considerados coletividades bivalentes, ou seja, os problemas de injustiça que os afeta contêm uma face político-econômica que os trazem para o âmbito da redistribuição, mas contêm também uma face cultural-valorativa que os trazem para o âmbito do reconhecimento.
Examinemos este ponto: Sendo a livre competição (entendida como comparação e hierarquização de competências individuais), a mola mestra para a suposta meritocracia do mundo do trabalho, a concepção de normal/anormal funciona como crivo que separa os eficientes dos deficientes (ou os produtivos dos improdutivos), estruturando a divisão de trabalho de forma que, os primeiros se situem ‘naturalmente’ em posição de superioridade em relação aos segundos.
Quanto mais oculto é o processo de padronização, excludente, das possibilidades humanas, mais assentado será o estigma sobre aqueles que não se conformam ao padrão imposto. Aos desviantes resta a marginalização, a exploração através de sub-empregos ou mesmo a privação. 
Para eliminar este tipo de divisão e submissão, o remédio seria redistribuir recursos e trabalho de forma igualitária, o que pressupõe banir ou pelo menos esfumaçar a barreira que separa ‘normais’ de ‘anormais’. A lógica deste remédio é eliminar a diferenciação político-econômica que tem como critério a forma de comunicação, visão, mobilidade, expressão, baseando-se na assertiva de que “todos os homens têm o mesmo valor moral”.
Esta mesma matriz normal/anormal, que subjuga os deficientes economicamente, se estende e se enraíza na cultura e no universo simbólico.

A desigualdade social sobre os negros
Reportagem
Brasília, 05/04/2010
Desigualdade entre negros e brancos cai na educação, mas com pouco impacto na rendaMatrícula escolar e analfabetismo entre jovens melhoram mais para pretos e partos; diferença entre ganhos no trabalho tem leve recuo” _da PrimaPagina
As disparidades entre negros e brancos têm diminuído na educação, mas isso ainda não se refletiu em queda da desigualdade de renda na mesma proporção, indica o quarto Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, lançado pelo governo federal no fim de março, em Brasília.
Entre a população que trabalha, o rendimento de pretos ou pardos melhorou um pouco mais que o dos brancos, e a inequidade caiu. Na população como um todo a pobreza encolheu, mas a redução foi semelhante entre os dois grupos — a desigualdade, portanto, se manteve. Na avaliação do estudo, “os dados indicam a persistência de práticas de discriminação”.
A diminuição do abismo entre brancos e negros (pretos ou pardos) não é um Objetivo do Milênio específico — aliás, a ausência de um enfoque sobre as desigualdades em geral nos ODM é alvo de críticas de estudiosos. No entanto, representantes da ONU no Brasil têm destacado a importância de que as metas sejam atingidas para todos os grupos. "O gênero, a raça, a etnia e o local de nascimento de uma criança brasileira ainda determinam, em grande parte, suas oportunidades futuras. Essas desigualdades têm repercussões diretas também na saúde da mulher e na razão da mortalidade materna", afirma a coordenadora-residente interina do Sistema das Nações Unidas no Brasil, Marie Pierre Poirier, na apresentação do relatório.
O estudo mostra que a tendência de universalização do ensino fundamental — uma política mais geral, não voltada a determinadas etnias especificamente — beneficiou negros e brancos. Em 1992, o percentual de pessoas de 7 a 14 anos que frequentavam o ensino fundamental era de 75,3% para pretos ou pardos e 87,5% para brancos. Já em 2008, as porcentagens eram praticamente iguais: 94,7% no primeiro caso e 95,4% no segundo.
Um dos efeitos disso foi a queda da desigualdade no analfabetismo. Na faixa etária de 15 a 24 anos, a taxa era de 95,6% para os brancos e 86,8% para os negros, em 1992. Já em 2008 os números eram parecidos: 98,7% para os brancos, 97,3% para pretos ou pardos.
No ensino médio a desigualdade ainda persiste, embora em nível menor. Em 1992, a proporção de brancos de 15 a 17 anos matriculados no antigo colegial (27,1%) era quase o triplo da dos negros (9,2%). Em 2008, a diferença havia caído para 44% (61% entre os brancos, 42,2% entre pretos ou pardos). Quanto se adiciona o componente gênero, porém, a questão se agrava. "As negras frequentam menos as escolas, apresentam menores médias de anos de estudo e maior defasagem escolar", afirma o estudo.

Rendimentos
Se o perfil educacional de negros e brancos ficou mais parecido, poderia se esperar que o mesmo acontecesse com o rendimento. Não é o que tem ocorrido. A distância entre trabalhadores brancos e os de cor preta ou parda diminuiu, mas ainda é grande. Em 2008, estes últimos recebiam somente 56,7% da remuneração dos primeiros, enquanto dez anos antes o percentual era de 48,4%. "Tal diferencial se deve, em grande medida, à menor escolaridade média da população preta e parda, que, no entanto, não é suficiente para explicar as diferenças de rendimentos", afirma o relatório.
O confronto dos dados de 1998 com os de 2008 mostra que, nos dez anos e para todas as faixas de escolaridade, os pretos ou pardos sempre estiveram em situação pior na população ocupada. Ao longo desse período, a desigualdade caiu entre quem tem até 4 anos de estudos ( no máximo o antigo primário, portanto) e quem tem de 9 a 11 anos de estudos (ensino médio completo ou incompleto). Mas não mudou entre trabalhadores com 5 a 8 anos de estudos (antigo ginásio completo ou incompleto) e aumentou entre os que têm superior completo e incompleto.
Quando se leva em conta não apenas os trabalhadores, mas toda a população, a desigualdade se mostra estável. O relatório aponta que, em 1990, 37,1% dos pretos ou pardos viviam abaixo da linha de extrema pobreza do Banco Mundial (US$ 1,25 ao dia, em dólar calculado pela paridade do poder de compra, que desconta as diferenças de custo de vida entre os países). Em 2008, a proporção havia caído para 6,6% — um recuo de 82% no período. Entre os brancos, a queda foi semelhante (83%): de 16,5%, em 1990, para 2,8%, no ano retrasado.
Os números mostram, portanto, que a proporção de pessoas muito pobres entre os negros é mais que o dobro que entre os brancos. Sob esse ponto de vista, a desigualdade racial abre um fosso de cinco anos entre os dois grupos: a extrema pobreza de pretos e partos de 2008 era a mesma que a de brancos de 2003. Como afirma o estudo, apesar dos avanços "o objetivo da igualdade racial requereria uma queda mais acelerada da pobreza extrema entre pretos ou pardos".


A desigualdade social sobre os índios

Exclusão étnica: Índio - um cidadão especial
Rev. Natanael Garcia Marques

Vivemos uma época em que a consciência de que o mundo passa por transformações profundas é cada dia mais forte. Esta realidade provoca em muitas pessoas e grupos sentimentos, sensações e desejos contraditórios, ao mesmo tempo que causa insegurança e medo, potenciadores de apatia e conformismo, como também estimulam a novidade e a esperança, mobilizadores das melhores energias criativas para a construção de um mundo diferente, mais humano e solidário.
Eliminar a invisibilidade social que atinge a população excluída e criar políticas públicas que beneficiem e incluam os diferentes grupos étnicos brasileiros são algumas das bandeiras levantadas pelos movimentos que lutam pela inclusão étnica no Brasil. A preocupação com as desigualdades existentes no País é antiga. A diferente exclusão étnica sofrida pelos negros e índios brasileiros tem sido tema de congressos, simpósios, fóruns nas Universidades e nos movimentos dos excluídos da sociedade.
A inclusão da população marginalizada depende de vontade política do governo, das empresas e da sociedade. O primeiro desafio é liquidar com a hipocrisia da igualdade racial no Brasil. Só depois que admitirmos que os índios e negros estudam menos, ganham salários menores e sofrem preconceito é que poderemos pensar em trabalhar a inclusão étnica nesta sociedade. As políticas públicas existentes não são capazes de alterar o padrão de desigualdade racial. O pré-requisito para a criação de políticas que realmente beneficiem a população excluída depende de corações sensibilizados e indignados com a situação atual.
Helena de Biase, coordenadora de projetos do Departamento de Educação da FUNAI, destacou que os brasileiros tratam o índio de forma romantizada e rotulada. "Para muitos existem dois tipos de índio. O índio puro - que vive na floresta, não usa roupa e se alimenta do que caça – e que merece ajuda humanitária. Já o índio impuro - que mora na cidade e usa roupas de branco - é preguiçoso, vagabundo e interesseiro", denunciou. "Os índios são considerados um estágio primitivo da humanidade. As pessoas acham que quando eles começam a evoluir e a lutar pelos seus direitos, deixam de ser índios".
A exclusão dos povos indígenas está na sua invisibilidade e nestes rótulos errôneos, alertou Helena. "Está mais do que na hora do índio ser visto como um cidadão especial, com cultura própria. Esteja trabalhando na cidade ou caçando na mata, o índio nunca deixa de ser índio". Helena afirmou ainda que as políticas de inclusão devem garantir os direitos dos índios e preservar sua relação com os recursos naturais e de sustentabilidade de suas terras. "As iniciativas devem ser elaboradas respeitando as diferenças culturais e de formação social que apresentam".
Ter um dia para comemorar significa que a sociedade tem consciência da marginalização, da exclusão a que os índios foram e são submetidos.


Desigualdade Social... O que nós jovens podemos fazer para acabar com isso?

Tópico Postado por Stéfany Saraiva Viana

A desigualdade social acontece quando a distribuição de renda é feita de forma diferente sendo que a maior parte fica nas mãos de poucos. No Brasil a desigualdade social é uma das maiores do mundo. Por esses acontecimentos existem jovens vulneráveis hoje principalmente na classe de baixa renda, pois a exclusão social os torna cada vez mais supérfluos e incapazes de ter uma vida digna. Muitos jovens de baixa renda crescem sem ter estrutura na família devido a uma série de conseqüências causadas pela falta de dinheiro sendo: briga entre pais, discussões diárias, falta de estudo, ambiente familiar precário, educação precária, más instalações, alimentação ruim, entre outros.
A desigualdade social tem causado o crescimento de crianças e jovens sem preparação para a vida e muitos deles não conseguem oportunidades e acabam se tornando marginais ou desocupados, às vezes não porque querem, mas sim por não sobrarem alternativas. Outro fator que agrava essa situação é a violência que cresce a cada dia.
O fato é que, as autoridades são as principais causadoras desse processo de desigualdade que causa exclusão e que gera violência. É preciso que pessoas de alto escalão projetem uma vida mais digna e com oportunidades de conhecimento para pessoas com baixa renda para que possam trabalhar e ter o sustento do lar entre outros.

Comentários de jovens
*      Novamente tratar de desigualdade, agora financeira, problema que leva muita gente a loucura. Temos as duas faces da moeda:
Uma as pessoas ganham aquilo que merecem, por causa da escolaridade, experiência no serviço, etc. Mas e os políticos que alem de serem sustentados pelo povo ainda tem salários de valores exorbitantes.
Outra por que algumas pessoas são excluídas da sociedade só por terem se criado em favelas e por que será que algumas pessoas so por terem se criadas em favelas se auto excluem do mundo.
Temos todos que passar por uma espécie de lavagem de consciência, para colocar na cabeça de todos que ninguém e pior por ter se criado na pobreza e na marginalidade e quem for criado assim não pensar isso de si próprio, é muito ruim que as pessoas sejam menosprezadas mais pior ainda é quando eu mesmo me menosprezo, essa é a ferida mais difícil de cicatrizar.
Todos temos que lutar independentemente se temos mais oportunidades ou chances do que outros a vida é para ser vivida, com batalhas, porque se não fosse assim ela não teria graça.                                                                                                      (Luan Deivison)

 
*      O melhor jeito na minha opinião Reivindicar, pois só unindo as nossas forças(Usando nossa sabedoria) teremos voz pois isso é muito serio pois no século em que vivemos isso não pode acontecer, mais infelizmente é o que mais anda acontecendo.
(Eliana (Lyu) )





*      Olá Stéfany Saraiva Viana.
Esse tópico sobre desigualdade social e muito interessante. E um pouco complicado falar inclusive desse assunto, vivemos em uma pais que foi a pouco mais de 500 anos invadido pelos Portugueses, aqui no Brasil vivia algumas tribos indígenas,desde dessa época da invasão causou-se a população já existente no território Brasileiro ‘’um tipo de exclusão e acesso livre e publico a sua terra’’.Com o decorrer dos anos e a chegada dos escravos trazidos do continente Africano para ser mão de obra nas fazendas de café e cana de açúcar aqui no Brasil.
Dês dessa época que não e bem distante se pensarmos bem somos um pais jovem, em fase de desenvolvimento social e econômico.
Dos indígenas e Negros e algumas famílias da Europa se originou o povo Brasileiro, somos a mistura de um povo muito batalhador. Mais somente há exatamente 50 anos o povo negro foi para escola, ate então não tinha acesso a educação, e o povo indígena ate os dias de hoje tem pouco acesso.
A historia das favelas condiz muito com o que você expressa de certa forma no seu texto, com o fim da escravidão no território Brasileiro, os negros precisavam de um lugar seguro e longe do perigo das cidades para viver, ’’perigo causado pelo medo que os brancos possuíam dos negros’’, assim se constituiu um território chamado favela.
Não acredito que falta de estruturação familiar exista somente nos espaços aonde viva as pessoas de baixa renda, nem que marginas e pessoas sem o que fazer nasça aos montes nesses territórios. Acredito sim que o que faz a desigualdade social maior do mundo e a falta de uma educação de qualidade e geração de renda para população.
O governo se projeta com uma estrutura para manter o pobre sempre em uma situação ‘’operaria’’, ele ganha pouco, trabalha muito. E a classe media ganha um bom salário, tem condições de educar seus filhos melhor e assim, o pobre sempre será pobre e o rico estará sempre no seu mesmo lugar.
E possível perceber que a realidade só incomoda a pouquíssimas pessoas, a vida cotidiana faz com que as pessoas se sintam acomodadas de certa forma. E poucos que notaram que a educação publica do Brasil, que em alguns casos formam pessoas não competitivas em alguns casos (analfabetos), prolonga nossas questões de fundo social e político da luta contra a exclusão social no território brasileiro.



Trabalho de Sociologia Desigualdades Sociais
Exemplos de demonstrações do lado positivo e negativo deles:

2010 CEIDH
Turma: 2005
D.H

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